sábado, 3 de julho de 2010

Inclusão Digital..um trecho do meu artigo para a disciplina tecnologias contemporâneas

Inclusão Digital é um tema de grande valia nos debates sobre as novas tecnologias da cibercultura. Sendo um paradoxo da exclusão. No Brasil, quando se fala em inclusão, norteiam debates ainda mais resistentes, pois a nossa sociedade ainda está excluída de diversos serviços e direitos básicos. Dessa maneira, incluir não significa apenas possibilitar o acesso da sociedade na era da informação, e sim oferecer condições materiais de acesso às tecnologias, com adaptações individuais capazes de manipular programas e sistemas operacionais. Além disso, inclusão é ter capacidade livre de apropriação dos meios, sem ser só técnico, mas sociocognitivo.
Atualmente na sociedade contemporânea as estruturas e o funcionamento estão sendo alterados pelas tecnologias de informação e de comunicação, por isso é de extrema importância favorecer a todos os cidadãos o acesso a esses meios, no combate a exclusão social. Tanto que na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, decreta desde 1996, a necessidade da “Alfabetização Digital” em todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior, o censo escolar do Ministério da Educação (MEC), realizado em 1999, relatou que apenas 3,5% das escolas de ensino básico tinham, naquele ano, acesso à internet, e cerca de 64 mil escolas do país não tinham sequer energia elétrica.Vale salientar, que nos últimos anos, essa situação apresentou algumas mudanças, como iniciativas governamentais a nível federal, estadual e municipal, além de apoios privados e do terceiro setor, porém a exclusão digital nas escolas brasileiras infelizmente ainda é grande.

Inclusão Digital Versus Exclusão Digital

O termo “inclusão digital” tem sido utilizado somente para distinguir situações de desigualdade no acesso à Internet (o “provimento assimétrico na so­ciedade de instrumentos de acesso a serviços na web”), recentemente a expressão vem sendo mais bem lapidada, tendo sua abrangência ampliada. Atualmente, ela é empregada para indicar “falhas no provimento pelos governos de acesso universal a serviços de informação e comunica­ção, indistintamente a todos os cidadãos”.

Inclusão digital é o “processo de alfabetização tecnológica e acesso a recursos tecnológicos, no qual estão inclusas as iniciativas para a divulgação da Sociedade da Informação entre as clas­ses menos favorecidas, impulsionadas tanto pelo governo como por iniciativas de caráter não governamental”.

O agravamento do quadro de desigualdades no acesso às tecnologias digitais tem acarre­tado debates acalorados entre especialistas a respeito da necessidade da adoção de políticas públi­cas orientadas para a infoinclusão como instrumento de desenvolvimento das nações mais pobres. Hoje em dia, almejar desenvolvimento nacional sem contar com acesso de qualidade à Internet e às TIC equivale ao que seria uma suposta tentativa de industrialização no século XIX sem contar com fontes de energia suficientes. Segundo essa analise , não há mais como se falar em assegurar saúde, educação, água, eletricidade e segurança às populações de forma dis­sociada do desenvolvimento tecnológico. Isso porque um país que não possui economia funda­mentada nas tecnologias da informação jamais conseguirá gerar recursos de forma sustentável para suprir as necessidades básicas da sua população.

Além disso, tanto o nascimento como a expansão da rede mundial de computadores tenham se dado sobre o comando dos países desenvolvidos, a sua estrutura tecnoló­gica e de conteúdo teria sido moldada de forma praticamente irreversível. Aos que vêm sendo inseridos à rede, cumpriria apenas compreender essa estrutura, com poucas possibilidades de mo­dificá-la substancialmente. Sem falar que, nessa Sociedade da Informação, não existe interesses na criação de oportuni­dades e na geração de empregos para a grande maioria da população, ou seja, apenas para uma minoria cada vez mais privilegiada e beneficiada. Então, esse abismo que separa os países pobres e ricos, zonas rurais e urbanas, tenderia a se aprofundar de forma crescente.

Ao falar em exclusão sócio-econômica, contribui para a exclusão digital. A inclusão digital deveria ser fruto de uma política pública com destinação orçamentária a fim de que ações promovam a inclusão e equiparação de oportunidades a todos os cidadãos. Sendo assim, é de extrema importância levar em conta indivíduos com baixa escolaridade, baixa renda, com limitações físicas e idosas. Deveriam existir ações prioritárias voltada às crianças e jovens, pois constituem a próxima geração.

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